A Villa Aymoré, conjunto arquitetônico construído no estilo eclético, este bastante popular na Europa do século XIX, de linhas finas e elegantes.
Localizado em uma alameda cujo nome remete aos de índios tupinambás, os primeiros a ocuparem o morro da Glória. O conjunto é, também, vizinho da Igreja da Glória do Outeiro, um dos mais importantes exemplares do barroco da cidade que percebeu a Baronesa de Sorocaba, irmã da famosa Marquesa de Santos – ambas amantes do Imperador. Diz a lenda que o caminho de pedras que leva da alameda Aymorés até a igreja da Glória era utilizado por D. Pedro I para visitar sua amante sem levantar suspeitas.
Construída entre os anos de 1908 e 1910 como moradia de alto padrão e adquirida em 2010 pela Landmark, a Villa se reintegra à vida urbana como um empreendimento comercial de alto padrão. Mais do que resgatar a Villa Aymoré, trata-se de devolver à cidade uma parte de sua história e cultura.


Raymond Monvoisin – “Vista do Rio de Janeiro tomada do adro da Igreja de Nossa Senhora da Glória”
Óleo sobre tela, 1847 | Coleção Sérgio Fadel, Rio de Janeiro.
A Villa no Rio Antigo
No ano de 1916 foi construída pelo empreendedor Antonio Mendes Campos, a última casa da Villa Aymoré, a de nº 10, e chamada de Villa Iracema. Ele já havia construído a primeira Villa Aymoré, que deu o nome ao conjunto, e, em seguida, as demais casas com nomes indígenas. Homenageava seu ex-sócio e tio de sua esposa Zulmira e ao movimento indigenista difundido, principalmente, pelo romancista José de Alencar.
– Nireu Oliveira Cavalcanti, autor do livro “Villa Aymoré”, de 2015, Pagina 39